Começando pelo básico: ONG é a sigla de Organização Não Governamental – e isso já deixa claro que elas não fazem parte de nenhum governo.
As ONGs são entidades privadas, sem fins lucrativos e que trabalham pelo bem comum, ou seja, trabalham pensando sempre no melhor para um grupo de pessoas, uma comunidade ou mesmo para todo o país. Transformando, principalmente, a vida de quem mais precisa.
Muitas vezes elas são chamadas de OSCs, que significa Organizações da Sociedade Civil, mas optamos por chamar de ONGs, como são conhecidas pela maior parte da população.
Para funcionar, as ONGs precisam de um CNPJ, além de cumprir obrigações definidas no Código Civil e em um Estatuto Social. Mas elas não são empresas. E por não serem nem governo, nem empresas, o conjunto de ONGs costuma ser chamado de Terceiro Setor.
Trabalhando pelo Brasil em cada canto do país
No Brasil, existem mais de 800 mil ONGs espalhadas por todos os cantos, presentes em todos os municípios brasileiros. Elas reúnem milhões de profissionais e pessoas que se voluntariam para fazer acontecer.
A maior parte das ONGs (80,9% do total) são associações formadas por um grupo de pessoas com uma causa em comum. Há ainda organizações religiosas (17,4%), formadas por instituições ligadas a igrejas que realizam atividades sociais. Apenas 1,5% são fundações privadas.
Movidas por causas
As ONGs nascem a partir da vontade de um grupo de pessoas com uma causa em comum, como o combate à fome, a luta pela redução das desigualdades sociais, enfrentar o racismo, a LGBTfobia ou pressionar por políticas públicas que tornem o Brasil mais democrático e justo, protejam o meio ambiente e promovam o respeito às diferenças.
Em geral, elas reúnem pessoas que desejam desenvolver ações de interesse público, sempre buscando construir um país melhor para todos. Podem ser, por exemplo, moradores de um bairro, membros de uma universidade, grupos de interesse ou a população das comunidades que conhece de perto as realidades em que irá atuar.
A força econômica das ONGs
Os efeitos sociais da atuação das Organizações Não Governamentais são visíveis nas comunidades onde atuam e em cada vida beneficiada. E existe ainda um outro lado das ONGs que ajuda a mostrar sua relevância: o impacto econômico.
Um estudo realizado pela Sitawi e pela Fipe mostra que o terceiro setor é responsável por 4,27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Isso é muito mais do que o setor automotivo (1,73%) e quase o mesmo que a agricultura (4,57). Além disso, as ONGs empregam 6 milhões de pessoas (o que equivale a 5,9% das ocupações do país).
Ou seja, em sua jornada para fazer o bem a quem mais precisa, as ONGs acabam trazendo benefícios para toda a economia brasileira, para a vida de cada cidadão e cidadã do país.